O governador Wellington Dias (PT) e outros governadores se reúnem nesta terça-feira (8), a partir das 11h, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para cobrar plano de vacinação em massa.
O governo federal anunciou apenas um plano preliminar de imunização, que pretende vacinar 109 milhões de pessoas a partir de março do ano que vem. A reunião foi solicitada pelo governador Welington Dias, que é presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da articulação da vacina no Fórum Nacional de Governadores.
“Vamos trabalhar para que saia de lá com um cronograma para o Brasil. Se a gente tem um estado com vacina e os outros sem vacina, isso vai gerar um grande tumulto no Brasil”, disse Wellington Dias.
O governador informou ainda que na reunião deve apresentar um cronograma de vacinação.
“Queremos múltiplas vacinas, a primeira, a segunda, a terceira, que tiver pronta. Temos o reconhecimento pelas agências reguladoras que são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde”.
Segundo Wellington Dias, a adoção de múltiplas vacinas é necessária porque nenhum laboratório consegue entregar rapidamente 220 milhões das vacinas para a primeira dose. “É a chance que o Pais tem que sair cedo da crise. Ou seja, se tivemos todos os laboratórios Butantã, Fiocruz, do Reino Unido, da China trabalhando, temos chances de abril, junho completar a primeira dose. Isso é bom pra salvar vidas. Cada 30 dias que a gente fica sem vacina são 20 mil mortes aproximadamente”.
A expectativa dos governadores é que o Governo Federal anuncie o compromisso de adotar múltiplas vacinas na imunização da população contra a Covid-19.
Até o momento, o Ministério da Saúde tem apostado na vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca, a ser fabricado na Fiocruz. Mas a perspectiva é a de que o imunizante só fique pronto em março.
João Doria (PSDB-SP) anunciou que deve começar em janeiro a vacinação da coronavac, produzida pela chinesa Sinopec no Instituto Butantan. Nesta semana, o Reino Unido inicia a imunização em massa com a americana Pfizer.
Diante do avanço em outras frentes, os governadores pressionam Pazuello a comprar vacinas de outros laboratórios, o que é alvo de resistência de Jair Bolsonaro, que já declarou que o Brasil não compraria a vacina chinesa.
No fim de semana, os conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde divulgaram uma carta aberta, em que defendem que todas vacinas que tenham segurança e eficácia devem ser empregadas e que o governo deve comandar a organização para a compra de materiais e a estratégia de vacinação.
Fonte: Cidadeverde.com