A maioria dos pescados consumidos em Teresina e fornecidos para o interior do estado é de oriem de criadouros em terra ou importados de estados da região Norte do país, onde o litoral não foi atingido pelas manchas de óleo cru.
Vendedores do Mercado do Peixe, em Teresina, garantem que cerca de 80% do pescado comercializado no local é importado de locais não prejudicados pelo vazamento.
O vendedor Claudemir de Castro garante a qualidade da mercadoria e se diz aliviado por ela não ter sido afetado pela contaminação. “Graças a Deus os peixes que estão vindo não estão contaminados com esse óleo. A gente fica preocupado se não vem o peixe, não vem o camarão, de onde a gente ia tirar o pão de cada dia?”, questiona.
No entanto, outros fornecedores são de áreas com focos de contaminação, como de estados vizinhos. "Também vem pescado do Maranhão. Faz medo. Eu fico com medo de comprar”, revela o representante comercial Sidney Batista.
Segundo especialistas, a ingestão dos componentes químicos do óleo pode gerar náuses, vômios, problemas respiratórios, arritmia cardíaca, entre outros sintomas.
Nesta quinta-feira (31), o governo federal voltou atrás e suspendeu a medida extraordinária que proibiu a pesca de três espécies de camarão na divisa do Piauí com o Ceará, por conta das manchas de óleo. A proibição começaria hoje(01) de novembro e iria até o dia 31 de dezembro.
Outros estabelecimentos que vendem pescados ainda não foram prejudicados. De acordo com Eduardo Gadêlha, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), os restaurantes associados trabalham com estoque da mercadoria. “Conversando com distribuidores, eles nos informaram que teriam um estoque para pelo menos dois meses”, garantiu.
Fonte: cidadeverde.com