O Instituto Tartarugas do Delta registrou o total de onze tartarugas mortas encontradas no litoral do Piauí, nos últimos cinco dias. De acordo com Werlanne Magalhães, vice-presidente do Instituto, ainda é cedo para dizer que as mortes tenham sido provocadas pelas manchas de óleo encontradas em praias do estado e de todo o Nordeste. A suspeita é que os animais possam ser vítimas da pesca ou do lixo que polui as praias.
Os animais mortos foram encontrados nas praias Pedra do Sal e na Peito de Moça, ambas em Luis Correia. Werlanne afirma que apesar do número de onze tartarugas chamar atenção, isso seria normal no período do ano em que a maré se encontra alta.
“Nesta época do ano, com os ventos fortes e a maré alta, é comum encontrarmos animais mortos. Por ano esse número pode passar de até 200 animais encontrados. Não podemos confirmar que essas mortes foram provocadas pelo óleo. Elas estavam em um estágio de decomposição muito grande. Isso indica que elas já morreram há algum tempo. Foram encontradas em praias do litoral do estado. Análises das amostras estão sendo realizadas para que possamos saber o motivo que levou à morte dos animais. É preciso esperar os laudos”, afirmou.
Os animais encontrados mortos são da espécie tartaruga verde. Eles mais vulneráveis porque possuem o hábito de ficar na região costeira.
“Infelizmente é uma realidade do Brasil. Geralmente a espécie é só uma, que é a tartaruga verde. É uma espécie de hábitos costeiros e fica vulnerável à ação humana. Na Praia do Coqueiro temos piscinas naturais., quando a maré está cheia os animais vão em busca de alimentação. As pessoas deixam lixo, como plástico, isso afeta os animais. Tem ainda a pesca com tarrafas. Tudo isso leva à morte dos animais”, afirma.
Manchas de óleo
Dos Estados nordestinos, o Piauí é o menos atingido pelas manchas. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) garante que não haverá interdição de praias por conta do aparecimento de manchas de óleo.
Em nota, o órgão afirma que as praias estão passando por monitoramento. A secretaria também utiliza drones no trabalhe de controle do óleo.
Lídia Brito
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