Diante do grande número de empresas do Piauí incluídas “lista suja” do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o procurador do Trabalho, Edno Moura, destacou a necessidade de políticas públicas no estado para o enfrentamento do problema.
Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta sexta-feira (13), o procurador a necessidade de “atacar as vulnerabilidades” que possibilitam a submissão de trabalhadores a condições de trabalho análogas a escravidão e garantir atendimento adequado as vítimas.
“Infelizmente não temos, estamos ainda no processo embrionário para que essas pessoas possam ser capacitadas e ter condição ingressar no mercado de trabalho em outra situação. O que acontece é que eles não têm qualificação e então tem que aceitar aquele tipo de trabalho que é ofertado daquela forma”, pontuou Endo Moura.
Ministério incluiu mais 14 empregadores do Piauí na “lista suja” do trabalho escravo
Ao todo, 14 empresas piauienses foram incluídas no Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão. Em todo o país foram 204 empregadores incluídos no cadastro.
Além de impedir que esses estabelecimentos assinem contrato com o poder público e consigam financiamento para linhas de crédito, Edno Moura explica que outro objetivo da lista é dar mais transparência desse tipo de ação para a população.
“As pessoas têm um local em que podem ver que a empresa X esta praticando trabalho escravo, para poder tomar a decisão de continuar comprando ou não, contratando serviço ou não. Para que a própria população, consciente da prática do empreendimento, possa tomar uma decisão”, concluiu o procurador.
Fonte: cidadeverde.com