Mas empresa, em qualquer ramo, visa lucro. Sempre vai olhar primeiro o peso das decisões no bolso, seja a curto, médio ou longo prazo. E não estou dizendo nem sobre salário, pesando principalmente a declaração de Fábio sobre ter se mostrado aberto a adequar. Estou dizendo sobre possibilidade de venda. Lucro, de fato. Não somente gastos menores. Isso não quer dizer que a opinião é favorável à saída, menos ainda à forma como ela foi conduzida.
Se no futebol no modelo “tradicional”, de associações, o jogador muitas vezes é descartável, no futebol com os clubes como empresas, eles passam a ser ainda mais vistos dessa forma. É preciso se acostumar. Não concordar, mas acostumar, porque passa a ser um caminho mais óbvio. E o primeiro exemplo prático para o cruzeirense foi dolorido.
Assim como qualquer consumidor, o torcedor tem o direito de se revoltar com as decisões, cobrar caminhos diferentes. A revolta, de fato, não foi pequena. E é compreensível.
Fato é que a saída dá – ou ao menos deveria – um choque de realidade no torcedor sobre o que será feito com uma gestão de empresa. E pela parte da equipe de Ronaldo, caberá realizar um trabalho praticamente impecável para sanar o que foi gerado de desconfiança com o torcedor. O caminho, que era longo, ganhou ainda mais alguns quilômetros.
Fonte: gegloboesporte