O começo da partida mostrou um Santos ofensivo, como se estivesse atuando na Vila Belmiro, contrariando as características táticas do técnico Fabio Carille. Já Cuca, pelo lado do Atlético, reclamou da dupla de seus volantes, Allan e Jair, pelo espaço proporcionado para a armação das jogadas do adversário.
Aos dez minutos, Léo Baptistão sentiu uma lesão e foi substituído por Raniel. Na sequência, os atleticanos reclamaram muito do árbitro Paulo Roberto Alves por não marcar um agarrão em Zaracho dentro da área.
O primeiro colocado do Brasileirão sentiu a falta de Hulk, poupado, como referência no setor ofensivo. Diego Costa ficou com a função.
O Santos não se intimidou e permaneceu no campo de ataque. Aos 16 minutos, Marinho bateu escanteio pela direita e causou enorme confusão dentro da área mineira. Aos 23, Raniel foi lançado e acabou se chocando com o goleiro Everson.
O Atlético demorou para agredir o Santos, mas quando o fez, foi com muito perigo. Allan bateu forte de fora da área e obrigou o goleiro João Paulo a fazer boa defesa, aos 27 minutos.
A partir daí, o time da casa aproveitou a queda de intensidade santista no ataque para tomar o controle da partida. Percebendo isso, Carille, desesperado à beira do gramado, pediu para o time avançar a marcação.
Aos 38 minutos, mais um lance polêmico. Dylan entrou na área e foi barrado por Wagner Leonardo. O juiz, mais uma vez, nada marcou, causando muita reclamação da torcida presente no Mineirão. Aos 45, em outro lance dentro da área, Diego Costa levou perigo.
O Atlético voltou do intervalo com Nacho, Sasha e buscou a pressão, mas logo aos três minutos Raniel recebeu na entrada da área e virou bonito para abrir o placar para o Santos. A jogada teve início em um chute infantil de Nathan para a lateral.
Com o gol santista, a partida ficou com o panorama que se esperava desde o início, com o Atlético tendo a iniciativa e o Santos nos contra-ataques. Sem conseguir furar o bloqueio da zaga santista, o time mineiro passou a bisar das bolas alçadas na área.
De tanto tentar, o empate veio em um pênalti cometido por Lucas Braga em cima de Calebe, verificado pelo VAR. O Nacho bateu com categoria, aos 24 minutos. Na saída de bola, Vinícius Zanocelo acertou o travessão de Everson em bela cabeçada.
Mas a pressão atleticana aumentou e a virada veio em nova bola alçada na área. Nathan Silva subiu muito para cabecear, aos 29 minutos. Aos 35, novo pênalti para o Atlético, com análise do VAR. Velázquez em Calebe: Nacho bate, João Paulo defende parcialmente, e o meia completa de cabeça para o gol: 3 a 1.
Daí em diante, o Mineirão ficou em festa, com os quase 17 mil torcedores festejando muito mais um triunfo do Atlético, que se aproxima de derrubar o jejum de 50 anos sem o título brasileiro.
Fonte: Estadão Conteúdo