Hulk teve a melhor chance de deixar a equipe mineira em vantagem, mas desperdiçou penalidade no primeiro tempo. A cobrança explodiu na trave esquerda de Weverton.
Em casa, mas ainda sem o apoio da sua torcida, o Palmeiras teve uma atuação errática. Pouca coisa deu certo para o time de Abel Ferreira, que abriu mão de jogar para se defender em boa parte da partida diante de um rival que foi mais perigoso nas poucas investidas ofensivas.
O jogo de volta que vai definir o primeiro finalista da Libertadores será terça-feira da próxima semana, dia 28, no Mineirão. O estádio terá 30% de sua capacidade ocupada depois que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, voltou a autorizar a presença de público.
O inquieto Abel Ferreira, que raramente repete escalações, preferiu escalar um time mais experiente. Preteriu os jovens Danilo e Wesley, que vinham sendo titulares, e mandou a mandou a campo Felipe Melo ao lado de Zé Rafael no meio de campo e Rony com Luiz Adriano no ataque. Não foram boas escolhas.
O time alviverde foi lento, sem criatividade e abdicou de jogar para se defender das investidas atleticanas. Viveu de descidas de Rony pela direita e lançamentos para Luiz Adriano.
Os dois atacantes vivem má fase e não conseguiram repetir nesta temporada as exibições de 2020. Dudu e Raphael Veiga, os responsáveis pela criação, estiveram muito apagados.
Diante de um Atlético equilibrado e muito forte ofensivamente, com Hulk e Diego Costa na frente, o Palmeiras fez um primeiro tempo ruim. No duelo das estratégias, o time mineiro foi melhor.
Defendeu-se bem dos poucos ataques do rival paulista, que teve muita dificuldade para sair jogando pelas laterais e, consequentemente para criar, encontrou espaços na defesa palmeirense e só não desceu para o intervalo em vantagem porque Hulk desperdiçou um pênalti.
Aos 40 minutos, Jair foi lançado nas costas de Piquerez, e cruzou para trás. Diego Costa se antecipou e foi derrubado por Gustavo Gómez dentro da área. Hulk cobrou a penalidade na trave esquerda de Weverton e o 0 a 0 foi mantido no placar na primeira etapa.
O panorama visto na primeira etapa se manteve no segundo tempo com algumas modificações. O Palmeiras, nos últimos 45 minutos, tentou jogar. Ficou mais com a bola, mas não achou os espaços na bem armada defesa do Atlético, que ficou sem Diego Costa nos minutos iniciais.
Ele saiu lesionado e deu lugar a Keno, o que fez com que Hulk fosse jogar como homem de referência.
Abel também mexeu, mas por opção técnica. Entraram Deyverson e Wesley nas vagas de Luiz Adriano e Dudu. O ídolo palmeirense saiu bravo com a substituição.
Tirou as caneleiras e jogou no gramado. Minutos depois, Danilo foi para o campo na vaga de Felipe Melo. Cuca respondeu lançando mão de Vargas no lugar de Zaracho.
O Palmeiras até tentou incomodar, mas não conseguiu. Assim como na etapa inicial, no segundo tempo as melhores - e poucas - chances foram atleticanas. Hulk levou perigo com duas finalizações de fora da área.
A primeira saiu por cima do gol de Weverton e a segunda, em cobrança de falta, foi para fora, passando perto da trave direita. O Palmeiras rodou a bola de um lado para o outro, mas sem criatividade, não encontrou espaços.
No fim, numa última tentativa de mudar o placar, Patrick de Paula e Gabriel Veron foram acionados no Palmeiras e Eduardo Sasha, no Atlético. Nada mudou.
Terminou sem gols o truncado e de certa forma melancólico jogo no Allianz Parque. No Mineirão, espera-se que os dois times, com elencos milionários, mostrem mais do que foi visto em São Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo