O Alviverde foi um pouco mais perigoso, a melhor chance foi do Tricolor, mas, a rigor, as duas equipes preferiram apostar tudo na segunda partida, domingo, às 16h, no Morumbi.
Os dois times têm esquemas semelhantes, com três zagueiros e alas que têm a função de jogar mais avançados e dar amplitude.
Para o São Paulo, as subidas de Daniel Alves e Reinaldo são mais necessárias do que os avanços de Mayke e Vitor Luis no Palmeiras, que tinha a opção das bolas longas para explorar a força e a velocidade de Rony.
Já o Tricolor, quando tinha a bola e os alas ficavam sem espaço por causa da boa marcação, procurava se organizar com toques curtos e triangulações.
O São Paulo tornou vida do Palmeiras mais complicada na primeira parte do jogo com uma marcação alta, desde a saída de bola, o que dificultava a chegada da bola para Raphael Veiga armar as jogadas. Além disso, o meia estava bem marcado por Luan.
Do outro lado, Benítez também era vigiado de perto, e com eficiência, por Felipe Melo ou Patrick de Paula. E quando tentavam sair jogando pelo meio desde o campo de defesa, os são-paulinos eram bem interceptados pelos palmeirenses.
Com isso, a partida estava bem disputada, mas as defesas preponderavam e as chances de gol praticamente não existiam. A primeira, aliás a única boa chance da etapa, aos 14 minutos, só saiu por causa de um erro de passe.
Benítez, no meio de campo, tocou para trás e deu a bola no pé de Rony, que acionou Luiz Adriano. O centroavante bateu forte, mas Tiago Volpi defendeu. O São Paulo concluiu duas vezes, ambas sem perigo.
O jogo também fui muito faltoso na primeira etapa. Daniel Alves, por exemplo, sofreu várias faltas de Vitor Luis, que o marcava implacavelmente onde quer que ele fosse. Numa das infrações, o são-paulino sentiu o joelho direito e teve de deixar o campo. Igor Vinícius entrou em seu lugar aos 31 minutos.
O São Paulo sofreu outro golpe no intervalo. Benítez, que havia sentido um desconforto muscular na reta final do primeiro tempo, ficou no vestiário e foi substituído por Igor Gomes.
O clássico continuou amarrado no segundo tempo. No Palmeiras, Luiz Adriano passou a se movimentar mais, às vezes recuando para tentar organizar o ataque. E de novo teve uma grande chance em um erro são-paulino. Dessa vez, Miranda deu no pé de Raphael Veiga, que avançou e encheu o pé da entrada da área. Volpi fez ótima defesa, colocando para escanteio.
Dois minutos depois, aos 15, Reinaldo bateu forte uma falta da intermediária e fez Weverton se esticar para espalmar.
Os times se revezavam nas ações ofensivas, mas as defesas continuavam bem postadas, levando a melhor nas disputas. Ambas as equipes praticamente não criavam jogadas. A partida ficou chata.
Igor Gomes teve ótima oportunidade aos 26, em cruzamento de Igor Vinícius, mas pegou mal a cabeçada. A resposta do Palmeiras quase foi fatal. Scarpa, que acabara de entrar no lugar do apagado Raphael Veiga, cobrou escanteio, Renan desviou e a bola passou raspando a trave.
Nos 15 minutos finais, o Palmeiras teve mais volume, mas sem grande contundência. Teve boa chance em cabeçada de Rony, mas foi o São Paulo que acertou a trave em um balaço de Sara de fora da área.
No final, pelo que as duas equipes produziram, o empate ficou de bom tamanho.
Fonte: Estadão Conteúdo