Matheus Henrique foi um dos destaques ao marcar duas vezes na etapa final, assim como Jean Pyerre, que participou da jogada do primeiro gol e fez o segundo do Grêmio, em cobrança de falta.
A goleada devolve a moral ao Grêmio, que vinha em momento ruim e construiu a fácil vitória como quis, criando chances sempre que ia ao ataque, se aproveitando dos graves problemas do Botafogo.
Cheio de jovens e dirigido interinamente por Lúcio Flávio não deixou de lutar, mas exibiu abalo psicológico em desvantagem e cometeu falhas tolas na defesa.
O resultado coloca o Grêmio na sexta posição, com 56 pontos, na briga por uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores. Seu compromisso agora será diante de um rival direto na briga por uma vaga no G4, o São Paulo, domingo, em Porto Alegre.
Já o Botafogo ampliou a sua péssima campanha, com apenas 24. E voltará a jogar no sábado, na Serrinha, diante do Goiás.
O JOGO - Em seu primeiro jogo após o rebaixamento no Brasileirão, o Botafogo voltou a apostar em um time formado basicamente por jovens, com as exceções sendo Kevin, Zé Welison e Cesinha. Já no Grêmio, a presença de Maicon como titular após quase dois meses foi a principal atração.
E não faltou disposição aos jovens do Botafogo, tanto que o time, com a pontaria ruim, desperdiçou três chances claras nos minutos iniciais, com Caio Alexandre, Rafael Navarro e José Welison.
Poderia ser um começo promissor, mas logo a fragilidade defensiva do time carioca ficou exposta. E logo na primeira ação ofensiva, aos seis minutos, o Grêmio marcou. Matheus Henrique tabelou com Jean Pyerre e lançou Alisson no meio da defesa, entre os zagueiros Kanu e David Sousa. Cara a cara com Diego Loureiro bateu para as redes: 1 a 0.
Sem fazer força, o Grêmio fez o segundo aos 16, em cobrança de falta de Jean Pyerre. Ele chutou tirando da barreira mal armada pelo goleiro botafoguense e colocou a bola no canto direito.
Os gols abalaram de vez o Botafogo. Dava espaços ao Grêmio, que, quando queria, chegava com perigo ao ataque, como em dois lances quase seguidos e finalizados de cabeça, aos 24 e aos 25 minutos, com Jean Pyerre e Alisson.
O Botafogo até tentava. Teve chance de Rafael Navarro travada por Paulo Miranda, aos 30, e um perigoso chute cruzado de Kevin, aos 44, antes do intervalo.
Mas nada que ameaçasse a superioridade do Grêmio, que envolvia a defesa da casa com simples troca de passes, se aproveitando da fragilidade emocional de uma equipe já rebaixada.
O terceiro veio logo no começo da etapa final, após Romildo derrubar Pepê na grande área, em pênalti marcado só após consulta ao VAR. Na cobrança, aos 8 minutos, Churín foi perfeito: deslocou Diego Loureiro e bateu no canto esquerdo.
Parecia tão fácil que o Botafogo respondeu no lance seguinte. Aos 10, Romildo lançou Rafael Navarro em profundidade. Ele ganhou na corrida de David Braz e chutou na saída de Paulo Victor para diminuir.
Foi o segundo gol dele nos últimos três jogos. E ele se mostrou a péssima mais perigosa do time na etapa final, tendo dado trabalho ao goleiro aos 15 e aos 18 minutos.
O gol pareceu empolgar o Botafogo. Assim, o time foi bem mais perigoso e ofensivo na etapa final, tanto que Matheus Nascimento também ameaçou aos 20, assim como com Caio Alexandre, aos 32.
Claro que também deu espaços ao Grêmio, que teve oportunidade com Jean Pyerre, aos 15. E até demorou, mas aproveitou a bagunça defensiva do Botafogo para marcar mais duas vezes, ambas com Matheus Henrique.
Aos 28, um golaço, após passe de Isaque após tabela com Pepê. Aos 32, de novo Isaque o acionou, dessa vez de letra, para marcar o quinto gol gremista.
O Botafogo ainda diminuiu, aos 36, com Matheus Babi, de cabeça, após escorregão de Paulo Miranda. Nada que minimizasse a superioridade gremista diante do lanterna do Brasileirão.
Fonte: Estadão Conteúdo