Na vitória por 1 x 0 sobre o Athletico Paranaense, nas oitavas-de-final, o volante Enzo Pérez, do River Plate, foi a precisão em pessoa. Deu 61 passes e acertou todos. Nacho Fernández e De la Cruz arriscam mais. Muita gente tem visto o River num 4-1-3-2, como no ano passado, mas Marcelo Gallardo opta pelo 4-3-3, mesmo quando tem o meia Carrascal, como deve acontecer contra o Palmeiras.
Meia ofensivo, Carrascal arrasta seu marcador em diagonal, sai da ponta esquerda em direção ao gol. Nacho Fernández é excelente, arrisca e deixa jogadores na cara do gol. Terá de ser vigiado por Danilo, assim como De la Cruz poderá ser perseguido por Zé Rafael, não individualmente, mas por zona.
O trunfo do Palmeiras pode ser repetir um pouco da estratégia utilizada contra o Atlético Mineiro, em 2 de novembro, quando Abel Ferreira estava nas tribunas assistindo à última atuação sob o comando de Andrey Lopes. O Palmeiras agrediu com bloco médio, na altura do meio-de-campo e cortou as linhas de passes, especialmente na diagonal.
Recuperava a bola e contra-atacava com enorme velocidade. Só que tinha Gabriel Veron e Wesley, ausentes desta vez por lesões -- Veron deve ficar no banco.
Enzo Pérez, Nacho Fernández e De la Cruz são os fornecedores de bolas para os três atacantes do River. Santos Borré (6), Carrascal (3) e Matías Suárez (2) marcaram onze dos 31 gols do melhor ataque da Libertadores em todos os tempos. Nacho Fernández deu três passes para gols, mas o homem dos passes também é Matías Suárez, com sete, líder do torneio, empatado com Rony, do Palmeiras.
Mas a criação nasce de Nacho Fernández, Enzo Pérez, De la Cruz. Para chegar ao penúltimo passe, os homens de meio-de-campo trabalham e fazem a bola circular. O Palmeiras terá de marcar o meio-de-campo, para evitar que o melhor ataque da América do Sul seja acionado no estádio do Independiente, em Avellaneda.
Fonte: geGLOBOESPORTE