Igor Gomes, Gabriel Sara e Toró, todos formados na base do clube, marcaram os gols do jogo.
Com a vitória, o São Paulo chegou aos 53 pontos, sete a mais do que o Atlético-MG. Com dois jogos a menos, o Flamengo é o terceiro colocado, com 45 pontos, e tende a ser o time a mais ameaçar o clube do Morumbi na briga pelo título nacional.
Dono da segunda melhor defesa do Brasileirão, com 21 gols sofridos em 26 jogos, o São Paulo parou o até então melhor ataque e ainda o superou, assumindo essa condição, com 45, um a mais do que a equipe mineira. Além disso, devolveu o resultado sofrido no primeiro turno, no Mineirão.
Para isso, teve atuação segura e precisa para controlar o adversário em uma daquelas partidas decisivas de um campeonato de pontos corridos. Pouco criativo, o time mineiro parou no adversário e ainda terminou o jogo com um a menos, em função da expulsão de Allan, a terceira em 2020, quando o time perdia por 1 a 0, freando qualquer tentativa de reação.
Na próxima quarta-feira, o São Paulo visitará o Grêmio para o jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil, depois enfrentando o Fluminense no dia 26, no Rio, pelo Brasileirão. Será a mesma data do próximo compromisso atleticano, no Mineirão, diante do Coritiba.
O JOGO - Os inventivos Fernando Diniz e Sampaoli surpreenderam na escalação dos seus times. O são-paulino reforçou o meio-campo com a entrada de Tchê Tchê no lugar do lesionado Luciano, enquanto o atleticano colocou em campo um time com 3 zagueiros e Calebe, de 20 anos, no meio, no seu terceiro jogo como titular entre os profissionais.
E a estratégia de Diniz deu mais certo, com o São Paulo dominando o primeiro tempo. Se movimentou bem, especialmente Tchê Tchê, com bastante liberdade, encontrou espaços na defesa atleticana e arriscou chutes perigosos de fora da área, como com Daniel Alves, aos 9 minutos.
E contou com um primeiro tempo inspirado de Igor Gomes. O meia, que iniciou a jogada, aos 18, em que Brenner e Reinaldo quase marcaram, abriu o placar aos 24, com um bonito chute cruzado, em lance construído por Tchê Tchê, que teve muita liberdade na criação.
Esses espaços defensivos foram um dos problemas atleticanos na etapa inicial, com o time sofrendo com a marcação do São Paulo sobre as suas principais peças. Assim, só ameaçou uma vez, em disparo de Allan, o que motivou Sampaoli a trocar Igor Rabello por Alan Franco no intervalo.
Conquistar o domínio do meio-campo era a intenção do treinador, que viu a sua aposta, Calebe, finalizar bem logo no terceiro minuto. Mas ficou nisso porque o São Paulo repetia o bom nível de atuação do primeiro tempo: intenso na marcação e organizado nos avanços.
Impedia a criatividade atleticana e chegava com perigo. Tchê Tchê, destaque do jogo, quase marcou em disparo de longe, após passe de letra de Daniel Alves.
O Atlético-MG até tinha mais posse de bola, forçava o São Paulo a se fechar na defesa, chegou a assustar em finalização de Arana, mas o time da casa mantinha o controle. Quase marcou um golaço muito de longe, em tentativa de Luan de encobrir Everson, e ficou com um jogador a mais em campo após a expulsão de Allan
Aí, o jogo ficou confortável para o São Paulo, que perdeu chance com Brenner e ampliou aos 37, se aproveitando dos espaços dados pelo adversário. Em bela jogada coletiva, Vitor Bueno recebeu de Igor Gomes e cruzou para Gabriel Sara: 2 a 0.
O Atlético ainda acertaria a trave em tentativa de Sasha, mas foi o São Paulo quem marcou, dessa vez com Toró, em chute cruzado, aos 46.
Fonte: Estadão Conteúdo