Para avançar, o Flamengo exibiu o melhor e o pior das suas partidas mais recentes. Viu Pedro ampliar a sua artilharia ao marcar 20ª vez em 2020 pelo time, com seus gols saindo no primeiro tempo - ele só marcou menos vezes no futebol nacional do que Thiago Galhardo, do Internacional, com 21, nesta temporada. Mas também sofreu com as falhas da defesa, que foi vazada em 20 das 25 partidas em que foi comandada por Domènec Torrent.
Só que a fragilidade do Athletico não permitiu ao Flamengo qualquer sofrimento. O time paranaense foi vulnerável defensivamente e não exibiu muita criatividade mesmo quando o adversário cedeu espaços e completou a 11ª partida consecutiva sem vitória. Assim, o atual campeão da Copa do Brasil dessa vez caiu nas oitavas de final e agora se concentrará na briga contra o rebaixamento no Brasileirão.
O Flamengo conhecerá o seu adversário nas quartas de final através de sorteio, na sexta-feira. Depois, no domingo, receberá o Atlético-MG, no Maracanã, pelo Nacional. No dia anterior, o Athletico-PR vai enfrentar o Fortaleza na Arena da Baixada.
O JOGO - O Flamengo entrou para o jogo com mudanças na defesa: Domènec optou por poupar o chileno Isla, o deixando no banco, sendo substituído por Matheuzinho, que foi um dos destaques da partida, com participação direta nos dois primeiros gols do seu time. E ainda trocou a dupla de zaga após a goleada para o São Paulo, a compondo com Thuler e Léo Pereira.
Com essas novidades, um lance plasticamente lindo logo nos minutos iniciais, com Everton Ribeiro aplicando dois chapéus seguidos por uma finalização forte, de Thiago Maia, defendida por Santos, deu esperanças de uma atuação vistosa do Flamengo no Maracanã.
Não foi isso que aconteceu, mas o time não precisou de muito para abrir vantagem. Mais especificamente: espaços para Matheuzinho e o faro de Pedro. Aos 23 minutos, o lateral foi lançado por Arão e cruzou rasteiro para o centroavante. Ele girou sobre Thiago Heleno e finalizou colocado no ângulo direito do gol: 1 a 0.
Parecia fácil, só que aí a defesa do Flamengo começou a errar novamente. O VAR safou o time quando o árbitro marcou pênalti de Léo Pereira e também houve vacilos de Thiago Maia e Hugo na saída de jogo.
Mas o Athetico não conseguia nem finalizar, escancarando sua fragilidades. E Pedro voltou a aparecer. Aos 33, foi a vez de Everton Ribeiro encontrar Matheuzinho na grande área. Ele cruzou rasteiro para o centroavante fazer o segundo.
O Flamengo, porém, não parava de errar na defesa. E enfim o Athletico aproveitou, logo em sua primeira finalização no jogo. Aos 40 minutos, Arão errou passe, com Erick interceptando a bola e bateu colocado da entrada da área, com a bola passando por Hugo e entrando no canto superior esquerdo.
O time da casa voltaria a responder antes do intervalo. Com Pedro, claro. Mas dessa vez, após ser acionado por Everton Ribeiro, parou em Santos.
O duelo entre o centroavante e o goleiro se repetiria no começo da etapa final, quando Pedro foi lançado por Arão, não passou para Bruno Henrique e buscou marcar pela terceira vez, mas parou em Santos. Mas ficou nisso porque o Flamengo pouco atacou no restante do segundo tempo.
O time recuou e o Athletico, ainda que sem exibir muita criatividade, passou a fazer o outro goleiro trabalhar. Primeiro em um cabeceio de Thiago Heleno, após cobrança de escanteio, aos 13 minutos. E depois em uma finalização de Carlos Eduardo, aos 22.
Mas era muito pouco para ameaçar a classificação do Flamengo, que teve um golaço de Thiago Maia anulado pelo VAR, por impedimento de Isla. E o terceiro gol veio com Michael.
Depois de tabelar com Lincoln, Bruno Henrique finalizou e Santos deu rebote. O atacante reserva só precisou empurrar para as redes, aos 38. No fim, Bissoli ainda diminuiu para o Athletico.
Fonte: Estadão Conteúdo