“Temos quatro regiões do estado que atingiram 100% de ocupação dos leitos”, foi o que informou o secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, em entrevista ao Jornal do Piauí nesta quarta-feira (26), dia em que o Governo do Estado reuniu parte do primeiro escalão da equipe administrativa para discutir a situação da pandemia.
“Estamos muito preocupados com a região de São Raimundo Nonato e Bom Jesus, que demonstram a ocupação integral dos leitos. Estamos muito preocupados também com Parnaíba, com o Hospital Nossa Senhora de Fátima, que reabrimos e serve apenas para atender síndromes respiratórias agudas graves e covid e também está com sua lotação, inclusive tendo que ocupar leitos o Hospital Promédica, que foi reaberto”, completou o secretário.
Segundo Florentino, o momento tem levado a uma “extrema preocupação”, dado não apenas o aumento de novos casos positivos do vírus, mas também a elevação dos óbitos em decorrência da covid-19. “Tudo remete a muito cuidado. Não tenho como dizer agora se teremos um novo decreto, mas tenho a responsabilidade de dizer que estamos olhando para essa realidade com muita responsabilidade”, finalizou o gestor.
O Piauí deve perder a habilitação de 25 leitos de UTI-Covid após o mês de fevereiro. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, uma nova portaria do Ministério da Saúde, que prorrogou o custeio dessas unidades por mais 30 dias, serão mantidas 115 dos atuais 140 leitos que recebem recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Os leitos que já funcionam, a habilitação só vai até o final de fevereiro. Perdemos 25 leitos. Não perdemos o leito físico, não perdemos os equipamentos, não perdemos nossa capacidade de atendimento, perdemos apenas os leitos habilitados a receber recursos do SUS”, informou o gestor, que descarta prejuízo no combate à pandemia no estado.
Após reunião com o governador Wellington Dias (PT) e com o secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, na manhã desta quarta-feira (26), o Governo do Estado garantiu que bancará o custeio dos leitos que serão desabilitados pelo Governo Federal e que, a depender da necessidade, poderá abrir novas unidades.
“A ordem é: não vamos nos limitar apenas aos leitos habilitados pelo Ministério. Vamos manter os leitos que forem necessários. Estamos inclusive em processo de ampliação de leitos, pois lá atrás nós compramos os equipamentos, eles estão disponíveis e nós temos assim a capacidade de, com o equilíbrio financeiro do estado, poder garantir os leitos necessários para esse momento de atenção maior”, pontuou Florentino.
Fonte: cidadeverde.com