No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima que em 2020, serão 65.840 novos casos da doença, que interrompe mais de 15 mil vidas por ano.
Por isso, é muito importante darmos relevância para o Novembro Azul, campanha que busca conscientizar a respeito da necessidade da prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, além da importância de cuidados integrais com a saúde do homem.
Mas, afinal, o que aumenta o risco? O médico urologista e Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Marcos Dall'Oglio, explica que a idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
A idade não é o único fator de risco. Outros fatores relacionam-se com a história familiar de câncer de próstata em parente de primeiro grau e também dieta rica em gordura de origem animal.
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar a melhor chance de cura definitiva. Segundo Dr. Marcos, pode-se identificar por meio da investigação, com exames como o toque da próstata e PSA no sangue apenas uma vez ao ano.
Para o urologista, os homens precisam entender que a saúde é o nosso bem mais precioso. Além disso, é importante que tenhamos uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal. Outros hábitos saudáveis também são recomendados, como atividade física diariamente, manter o peso adequado à altura, identificar e tratar adequadamente a hipertensão, diabetes e problemas de colesterol, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
"Estudos evidenciam que o câncer de próstata é mais comum em homens acima de 50 anos, mas em qualquer idade e fase da vida, é importante ter o acompanhamento médico, pois sabemos que o diagnóstico precoce de qualquer doença fornece ao paciente uma chance maior de cura e aumento da expectativa de vida", finaliza o Dr. Marcos Dall'Oglio.
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